Você deseja, sonha, idealiza seu
casamento e se imagina entrando na igreja com o seu amor, lá no altar, te esperando... Que cena mais linda!
Mas, antes de chegar nesse
momento mágico, você se vê diante de inúmeros desafios relativos à organização
da festa. O primeiro deles e, eu diria, o mais tormentoso (pelo menos, tem sido
para mim e o foi para todas as minhas amigas com as quais eu tenho conversado)
é a definição da lista de casamento.
Os custos de uma festa de casamento, todos sabemos, são absurdamente altos e, por mais que você deseje que estejam presentes várias pessoas que fazem, ou já fizeram, parte de sua vida, não dá, simplesmente não dá! Daí, você acaba cortando aquele conhecido do trabalho ou aquele vizinho que você vê sempre, mas não tem muita intimidade. Depois, a depender de seu orçamento, você já começa a pensar em outros cortes mais drásticos!
No meu caso, pretendo, por
motivos variados, mas, principalmente, por estarmos, eu o meu noivinho, com o
orçamento apertado, fazer uma festa pequena para 150 convidados.
Que missão difícil, meu Deus! Acabamos
nos vendo diante da necessidade de classificar as pessoas em grupos, da
seguinte forma: os essenciais (pais, irmãos, primos, tios, avôs e amigos
íntimos), os “não-essenciais-que-você-não-pode-cortar” (porque é um parente, ou
porque a pessoa vem como “acessório” de uma pessoa essencial), os
semi-essenciais (aqueles que você gostaria que fosse, mas, numa emergência, eles são as vítimas do corte) e os, definitivamente, não essenciais, que você só
incluiria se estivesse com dinheiro sobrando.
Além da angustia pessoal
com a escolha dos convidados (sabendo que, inevitavelmente, você ferirá susceptibilidades), você não pode deixar de ouvir
a opinião dos seus pais, já que esse dia é importante para eles também. O meu
queridíssimo pai, por exemplo, achava que eu deveria convidar um casal que fez
parte da minha infância e foi muito importante na minha vida, muito embora eu
tenha contato com eles eventualmente, de oito em oito anos, mais ou menos.
Acho que ele tem razão, porque são pessoas pelas quais eu tenho muita estima e
que me viram crescer, mas... o convite desse casal implicaria, necessariamente,
na obrigação de inclusão de todos os primos e tios de meu pai, porque são
todos muito ligados e, com certeza, a notícia do casamento se espalharia entre
eles. Se eu pudesse, eu juro que chamaria a todos, porque são pessoas
maravilhosas, mas eu teria que aumentar a lista de convidados, de 150 para, no
mínimo, 250 (é gente pra caramba!), e isso inviabilizaria a realização da
festa.
Imagino que todo casal que esteja se
preparando para se casar passe pelo que estamos passando, com outros
vários encargos financeiros, além da montagem do apartamento (e, no nosso caso, ainda, não abrimos mão de nossa merecida lua de mel).
Por esses motivos é que a
definição da lista de casamento é uma tarefa difícil, especialmente se você não
pretende fazer um evento social em sua cidade, mas somente compartilhar com os
mais próximos o início de uma fase importante em sua vida.